terça-feira, 17 de maio de 2011



Mídias de comunicação, mídias sociais e Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) são interfaces entre o que se deseja comunicar e a quem se dirige a comunicação, ou seja, são mediadores. 

Segundo Laurel (1990), interface é uma superfície de contato como a maçaneta é a interface entre as pessoas e a porta. O mouse, o teclado, o microfone e a tela do monitor são, portanto, exemplos de interfaces, pois, são medidadores                                                          entre o homem e a máquina.
 


Oren (1990) oferece uma sugestão interessante de ser seguida, principalmente para quem vai projetar para a Web. Ele aconselha: “Os projetistas de interfaces gráficas de sistemas interativos podem obter idéias (inspiração) prestando atenção às soluções encontradas por artistas de vanguarda em seus trabalhos. Estas observações podem ser um guia para a construção das próximas gerações de interfaces. É bem melhor desenvolver novas formas do que replicar as antigas” (Oren apud Laurel 1990, pág.479)
                                                           


Santos (2003) entende que as interfaces educacionais devem seguir os mesmos princípios dos projetos de interfaces em geral e que também, deveriam se fundamentar em alguma teoria de como as pessoas aprendem. A atividade de projetar pode ser considerada, também, como uma atividade artística; os conceitos considerados válidos são subjetivos e partem da experiência de profissionais consagrados.


                                                


Os esforços dos projetistas de interface devem objetivar a oferta de maior  número possível de opções e facilidades sem que haja uma sobrecarga cognitiva para os usuários. Laurel adverte-nos que “o excesso de opções e de convenções que eu devo aprender para que eu possa me tornar proficiente no uso de uma interface me deixa confusa e cansada. (Laurel,1990, pág. xi)

A interface gráfica é dotada de mais um atributo quando é uma interface para a   web: o hipertexto. A linguagem da Web é o hipertexto (Silva 1999), ou seja, a não  linearidade da informação, a informação dentro da informação, a interatividade. 
É muito importante para quem pretende projetar conteúdos para a Internet possuir vivência de navegação. Esta vivência “educa o olhar”, gerando profissionais críticos e criativos.  


                                                       
 
Lucena (1999) observa que o maior problema encontrado pelos professores que desejam publicar seus materiais na Internet é o aprendizado de linguagens de programação necessárias a esta tarefa e reforça a idéia de que essa carência pode ser superada através das equipes multidisciplinares.

Entretanto, outros caminhos vêm surgindo: as interfaces gráficas e as ferramentas de autoria abrem novas perspectivas para que os professores adquiram de maneira crescente, a autonomia necessária para que eles próprios possam criar seus materiais de aprendizagem.
 
                                                        
 
Podemos concluir que, neste cenário de inserção crescente da tecnologia nas práticas educativas, despontam as ferramentas da Web 2.0, oferecendo novas possibilidades para que os professores tornem-se os autores de valiosos conteúdos para a disseminação do conhecimento.

 
Referências Bibliográficas:
COSTA, Maria Rosa E. M; MARINS, Vânia. Aula 2 – Interfaces. Lante/UFF 2011.
Site consultado: http://www.webtuga.com/wikipedia-com-interface-renovada/ Acesso em:27/04/2011.